quarta-feira, 31 de julho de 2013

Viagem à Cuiabá


Manhã fria em São Paulo no dia 17.07, quarta-feira, às 6h30min, o Moto Clube Sem
Rumo dá início a um longo trajeto de aproximadamente 3.700 km pelo centro-oeste brasileiro.
Alex com sua reluzente Mid Night 950, Marcio com sua ágil  fazer 600, Ortega montado em sua “versátil”  Versys 650 e Padovan em sua valente Transalp 700. Quatro companheiros apaixonado por seus bólidos de duas rodas partem rumo à Cuiabá.

1º dia (17.07): Aceleramos pela ótima Rodovia dos Bandeirantes, depois mergulhamos na Washington Luis, caindo por fim na Rodovia Euclides da Cunha até a bela cidade de Rubinéia (tudo isso sem pagar pedágio, quer coisa melhor). Na divisa São Paulo – Mato Grosso do Sul, passando pela ponte rodo-ferroviária, impossível não parar para registrar as belezas locais. Depois das fotos, seguimos viagem até Chapadão do Sul (MS), 950 km foram cumpridos neste primeiro dia de viagem.  Ao chegarmos na cidade fomos recebidos pelo Boca, membro do Moto Clube Chapadão, que literalmente nos achou pedindo informação. Grande anfitrião, nos convidou para uma galinhada na sede do Moto Clube no dia seguinte, isso nos fez ficar mais um dia nesta agradável cidade. Portanto, o 2º dia foi descansando e conhecendo Chapadão do Sul.

3º dia (19.07) – sexta-feira: Partimos pela manhã rumo à Cuiabá, foram mais 650 km, uma viagem bem tranquila via Rondonópolis, apesar de muitos caminhões e estrada um pouco esburacada no lado do Mato Grosso. Chegamos em Cuiabá e percebemos que a cidade está um canteiro de obras a céu aberto, afinal, quando se trata de copa do mundo, não falta dinheiro para nada.

4º dia (20.07) – sábado: Partimos para a cidade de Poconé, distante 110 km de Cuiabá. Cidade aconchegante e povo extremamente hospitaleiro. Nos hospedamos na pousada Tuiuiu e de imediato fomos conhecer a Transpantaneira. Passeio magnífico, a natureza enche os olhos. Jacarés, tuiuiús, capivaras e mais uma centena de pássaros brotam de todos os ladosEstrada de terra e dezenas de pontes de madeiras a serem vencidas. Tentamos ir com as quatro motos na Transpantaneira, mas nos primeiros 200 mts nossos companheiros da Fazer e da Mid Night perceberam que era impossível continuar. Seguiram viagem a Versys e a Transalp, mas com a promessa que no outro dia emprestaríamos as motos para os companheiros que ficaram para que eles fizessem o passeio. Rodamos 60 km com dezenas de paradas para apreciar e fotografar aquele local idílico. Passamos até pela pousada Curucaca, encravada no meio deste paraíso.  Voltamos extremamente cansados, mas com a certeza que valeu cada grama de poeira que trouxemos acumulado na roupa.

5º dia (21.07) – domingo: Descanso e cerveja em Poconé enquanto nossos companheiros se aventuravam pela Transpantaneira.

6º dia (22.07) – segunda-feira:  Rumamos para Chapada dos Guimarães, distante 170 km de Poconé. Ao nos aproximarmos da Chapada, a paisagem era indescritível, porém, lá no alto existia uma neblina que mal sabíamos, era o prenuncio da gigantesca frente fria que já tomava conta das regiões sul e sudeste. Ao cair da tarde a natureza nos mostrou a sua força, a temperatura caiu de 35 graus para 10 graus, uma neblina, uma garoa gelada e um vento uivante de deixar todos como a rena de nariz vermelho. Mal conseguíamos sair da pousada Bom Jardim, almoçamos e hibernamos, jantamos e hibernamos. Pretendiamos ficar dois dias, mas abortamos e saltamos fora no dia seguinte pela manhã.

 7º  dia (23.07) – terça-feira: Foram infindaveis 42 km de estrada sob uma neblina fortíssima, nossa visibilidade era de no máximo uns 10 mts, um clima assustador. Adotamos a velocidade de cruzeiro de 40 km-h. O frio chegou literalmente. Há muito tempo não se fazia tanto frio na região, Cuiabá chegou aos inacreditáveis  8 graus. Mas mesmo com frio e neblina chegamos em Alto Araguaia, divisa de Mato Grosso  com Goias. Para comemorarmos, bebemos um bom vinho com uma pizza.

8º dia (24.07) – quarta-feira: Já curtindo a volta, rumamos para Aparecida do Taboado, já no Mato Grosso do Sul, na divisa com São Paulo, rodando aproximadamente 450 km. Com a temperatura mais agradável, mas longe de um calor digno de terras mato grossenses, nos hospedamos nesta agradável cidade.

9º dia (25.07) – quinta-feira:  Rodamos 700 km até nossas casas. Trouxemos nas retinas as mais belas paisagens, trouxemos o calor, o frio em nossos corpos, e o mais importante, o companheirismo, pois são viagens como essas que conhecemos o quanto é importante sermos parceiros e amigos. E um beijo em nossas companheiras inseparáveis, com todo respeito a nossas mulheres, mas este beijo vai para vocês: MID NIGHT, FAZER, VERSYS E TRANSALP.

 Em poucas palavras: NÃO EXISTE NADA MAIS MÁGICO E MARAVILHOSO DO QUE O PÓ DA ESTRADA SOBRE DUAS RODAS.

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