quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

SERRA DO CORVO BRANCO, Descobrindo o País..!

Neste ano tínhamos planejado uma viagem de aventura pela região de Minas Gerais, onde iriamos descobrir as belezas da Serra da Canastra...  Tudo planejado, consultas na internet, blogs, pontos de visita registrado no GPS, iriamos cruzar a parte alta do parque e depois fazer um trecho da parte baixo... muita terra, natureza e soltar as motos no seu habitar-te natural.

Mas tinha um item que não contavamos...CHUVA, ou melhor DILUVIO.. E apenas a 3 dias para iniciar a viagem, realizamos os que era o mais provável estávamos SEM RUMO e com a vontade de acelerar. Foi ai que sem planejamento de nada, rota, ponto de parada, o que visitar...  adiamos por uma semana a viagem (pois só tínhamos um referencia, vamos para onde esta o SOL) e partimos para URUBICI-SC.

A equipe era formada por Renato (Tiger XC), Eric (Explorer), Nitler e Nisflei (Tiger 800) e um convidado especial do Moto Clube Dinossauros do Paço:  Mauricio (com a King Road).



1o. dia (21/01): Nos encontramos as 5:30hs, depois de muita choradeira (afinal era muito cedo) partirmos rumo a Urubici, num percurso de  900km até nosso destino. Onde pelo caminho nós apreciávamos o amanhecer e a paisagem. Como tínhamos um longo trecho adotamos a estratégia de paradas a cada 250 km... e assim seguimos até ao almoço em Balneário Camburiú (Durante a parada do café o Renato comentou que conhecia um lugar bacana para almoçar nesta região, e quando chegamos.. Adivinha..!!!  Lógico que não achou.. rsrsrsrsr, mas no fim deu tudo certo... era um lugar bem bacana..).

Cumprimos a meta de chegar ao nosso destino, onde pelo caminho estávamos brincando com o pessoal, em relação ao nível  dificuldade para pilotagem:
Fase 1 (baba) até Curitiba, Fase 2 (media) até Floripa, Fase 3 (Hard) até Urubici, pois é pista simples e cheia de caminhão.... Isto me faz lembra de um momento onde todos estavam devagar esperando uma chance de ultrapassagem do caminhão.. De repente vc escuta uma locomotiva chegando com ronco encorpado e abrindo caminha na contramão... Quando de vi, o mamute (a pequena king road) já estava lá na frente deixando todo o pessoal molenga... Há, quem falou que Custom não faz CURVA ? Fale com o Mauricio que ele ensina você a andar.

2o. dia (22/01):

Pegarmos as informações com o pessoal da Pousada e fomos explorar a região, e outra surpresa..!!! O Mauricio estava fazendo motocross com a Road King (enquanto tinha gente que ficou melindroso em andar na terra com a moto... kkkkk). Bom zoeira a parte, o dia foi de muita moto, paisagem bonita, estradas irregulares, cerveja (precisamos nos hidratar).











3o. dia (23/01): Começamos nosso retorno com parada na cidade de Pomerode (Pomodoro, Sasarete... etc... Apelido que demos para lembrar da cidade... Consultamos no MAPA e saímos... por fim esse negocio mandou a gente para uma rota com estrada de terra...!! Só que desta vez, estamos com bagagem e por fim optamos e dar a volta no trecho para pegar somente asfalto. Anda um pouco, pergunta um pouco, anda mais um pouco e por fim chegamos na cidade que estava com comemoração. É um festa bem similar a OktoberFest, porém em menor proporção.
A gente chegou no Portal da cidade e já tinha um quiosque lotado com o pessoal comendo e bebendo... já era 14hs e logico que paramos lá para comer e beber... Só conseguimos sair as 17hs e não tinha encontrado local para dormir, pois a cidade estava lotada...!!!
Depois de muito rodar para lá para cá... pergunta aqui, pergunta ali... O Eric e Renato encontraram a pousada Santa Felicidade... ufa.. estamos salvos... vimos o quarto... (já estou rindo só de lembrar), primeiro o preço era R$ 60, mas depois que tiramos as malas já mudou para R$ 90 :-( ..  depois colocou 5 marmajos num quarto quente e pequeno... (Se vc assistiu o filme Carandiru, só não era cela porque não tenha grade..rsrsrsrsrs), mas tinha o lado positivo... vamos todos pra piscina... ( 5 marmanjos... kkkk, coisa gay).
Para evitar a fadiga, optamos por ir de taxi ao evento, afinal o lugar é de cerveja e comida típica alemã... muito bacana e bem familiar a festa... nada de bagunça ou musica do arroxa.. rsrsrsrs....






4o. dia (24/01): Acordamos cedo ou melhor nem dormimos, 5 marmanjos num quando 2 por 2, partimos rumo a nossos lares as 7hs, com o tanque cheio, alma leve e muita, mas muita alegria de ter vivenciado esses momentos de aventuras e atrapalhadas...

Valeu pessoal, mais uma lembrança para contar aos amigos..!!!



























terça-feira, 28 de julho de 2015

A TRILOGIA DAS CHAPADAS SE CONCRETIZA... PARABÉNS SEM RUMO (CHAPADAS DOS GUIMARÃES, DIAMANTINA E VEADEIROS)

Tudo começou em julho de 2013, quando o Sem Rumo deu início em seu projeto rumo as chapadas. Foram dois anos, começando pela chapada dos Guimarães (Mato Grosso), em julho de 2014 nos enveredamos pela chapada de Diamantina (Bahia) e por fim, neste julho de 2015 acabamos de retornar da chapada dos Veadeiros. 

Projeto concluído, nas próximas linhas vamos dividir com vocês um pouco dessa última e maravilhosa aventura. Começamos pelos componentes desta viagem:

Eric e sua Tiger 1200 (o grandão da viagem anterior, só que agora bem mais largo) e Felipe (aquele baixinho, dessa vez mais baixinho ainda) com sua Ducati Big Gigante Multistrada 1200. Os chamamos de ovelhas desgarradas do Sem Rumo, pois vão na frente sem ninguém ver e voltam primeiro sem ninguém saber. Em discussões com os outros integrantes concluímos que os dois devem ter negócios ilícitos e vivem fugindo, por isso evitam ficar muito tempo conosco. Ah! Importante ressaltar que houve uma disputa acirradíssima entre o Felipe e o Rene nesta viagem para ver quem é o menos baixinho do moto clube, resultado:

Felipe: 1m 51000000333333453769845032333333888777433332111
Rene: 1m 510000000333333453867777743333322222255557777000
Decidimos por empate técnico.
           
Continuando a descrever nossos companheiros... Alex Pandinha (o comilão), Nisflei (o bombadinho, prestes a explodir) Papel Padovan (o eterno Presidente que recebeu vários HIP HIP HURRAS!!!) com suas lindas e poderosas Tigers 800. Nosso querido e velho Marcio com sua velha fazer 600, sempre lento e tranquilo (se começar a enfartar agora dá tempo ainda de fazer outra viagem de moto), mas sempre junto. Ortega, para nossa alegria de volta depois de 2 anos, motivo foi tentar fazer uma curva a 250 km/h com sua Vulcan, descobriu que não era possível só depois que atravessou um pasto totalmente desgovernado, atropelou duas vacas e caiu no riacho. Mas agora retornou com sua super, ultra e fantástica Transalp 700, de procedência inquestionável. E com sua Versys 650, moto que já está com ele desde quando era pequenininho, Renezinho, que apesar de calçar 28 é um grande e eterno companheiro. E para finalizar, debutando no Sem Rumo, Toninho com sua Mid Night 950, gente finíssima. Leva 35 óculos na viagem, um para cada situação, troca de óculos até para escovar os dentes. Não sabemos direito se ele sabe quem realmente somos, pois tinha momentos que nosso Tó, assim chamado carinhosamente, errava de óculos.

A VIAGEM:
22/07 (quarta-feira): As ovelhas desgarradas já tinham partido de madrugada. Os demais se encontraram no primeiro posto da rodovia Bandeirantes com destino a Brasília, pois antes da Chapada iriamos para o famoso encontro Moto Capital. Dormimos em Pires Belo, distrito de Catalão (GO), fica uma dica de um bom hotel na beira da estrada para pouso.

23/07 (quinta-feira): Aterrissamos em Brasília, nos hospedamos no Hotel Singular, localizado no Núcleo Bandeirantes. Um hotelzinho para quem é bem pouco exigente, que é o nosso caso, o banheiro é o destaque, é tão pequeno que o chuveiro fica praticamente sobre o vaso sanitário, a vantagem é que dá para fazer as necessidades fisiológicas e tomar banho ao mesmo tempo. Após nos estabelecermos, nos restou bebemorarmos a chegada e a noite rumamos para o Moto Capital.






Importante destacar a organização e o espetáculo que é esse encontro, pessoas de todos os lugares do Brasil, senão da América. Uma estrutura fantástica, shows maravilhosos, enfim, um clima que vale cada minuto lá dentro. Conselho, quem é apaixonado por moto tem que ir pelo menos uma vez. Fechamos a noite assistindo, cantando e vibrando com os shows da Janis Joplin e Creedence covers.





24/07 (sexta-feira): Como bons brasileiros rumamos ao Palácio do Planalto, juntamente com infindáveis debates sobre política, falando mal de tudo e de todos, visitamos o congresso, a catedral, e adjacências. Mesmo puto com tudo e com todos que por lá residem atualmente, nos curvamos pela beleza do local. Ah! A Dilma fica muito bem escondida, não conseguimos acha-la... afinal era só o desejo de um efusivo abraço... não é Toninho???
A noite retornamos para o Moto Capital, mais moto, mais cerveja, muita gente de todas as cores e credos e mais shows. Destaque para a banda Baú Revirado, baita cover do nosso eterno Raulzito.









25/07 (sábado): Nosso companheiro Toninho, juntamente com seus 35 óculos, por força do destino teve que retornar nos deixando saudosos. Partimos rumo a Chapada dos Veadeiros (Ah! Mais uma vez os fugitivos desgarrados já tinham partido na frente). Destino a cidade de Alto paraíso de Goiás, a cidade mais esotérica do Brasil. Metade das pessoas que moram lá acham que existe disco voador, a outra metade tem certeza e trinta por cento dos que acreditam garantem que já foram abduzidos por seres extraterrestres e passaram um tempo em outra dimensão.





Agora se preparem para um dos momentos mais emocionantes da viagem. O Lucas, filhos do nosso companheiro Ortega, se encontrava acampando nesta exótica cidadezinha habitada pelos últimos hippies da terra. Saímos a sua procura, mas como são todos muito parecidos, pesam de 30 a 45 kg, cabelos enrolados de 1 m, roupas que reúnem todas as cores existentes, não comem nada além de mato, tomam banho quando lembram e ficam o tempo todo em torno de fogueiras balançando a mão e entoando cantos incompreensíveis, era uma tarefa difícil. Mas em uma decisão unilateral, eu o Presidente, comecei a gritar no meio da pracinha “LUUUUCCCCAAAAAA”.... “”LUUUUCCCCAAA” seu “PAAAAIIIII” chegooou... do nada, como um milagre (coisa muito comum nessa região) aponta de trás de um muro, ninguém menos do que Lucas, com seus companheiros hipongos. A alegria tomou conta de todos, nosso Ortega começou a chorar compulsivamente, os meninos começaram a dançar em roda, balançando a cabeleira. Por fim, no auge da festança tentaram jogar o Ortega para o alto, mas mesmo em dez malucos belezas não conseguiram devido a não estarem acostumados com esse tipo de atividade física. Depois nos encontramos várias vezes, Lucas e seus discípulos apareciam repentinamente do nada e nos abraçavam e festejavam, sempre muito simpáticos e nosso Ortega caia no choro...

A noite fomos para um vilarejo hippie chamado São Jorge, o lugar com mais poeira por metro quadrado que eu já estive em minha vida. Todos cantavam, dançavam, eram abduzidos e tocavam seus tambores incansavelmente. E nós que não sabíamos fazer nada disso e não usávamos roupas multicoloridas e a maior cabeleira era talvez o bigode do Rene, passamos despercebidos. Parecíamos uma trupe de homens invisíveis. Mas mesmo assim bebemos, jantamos, caminhamos e voltamos cada um com 1 kg de poeira para a pousada. Ah! A pousada que ficamos em Alto Paraíso merece destaque. Os donos apareceram no dia que chegamos, acredito que depois se desintegraram e foram para outro plano, ficamos com os cachorros e os gatos que lá habitavam. Apareceram dois dias depois para cobrar a diária e rapidamente... puff... viraram fumaça. 


26/07 (domingo): Resolvemos voltar para o vilarejo de São Jorge e visitar o Parque nacional da Chapada dos Veadeiros. Aí começou a tragédia de alguns companheiros e eu me incluo nessa. Nosso Ortega e por acharmos que é um grande amigo, nos fez abraçar a ideia de uma caminhada pelo parque. Ao chegar lá fiquei sabendo que não existia nenhuma caminhada de 500 m, ou no máximo 700 m, mas fui induzido, enganado, forçado a fazer uma de 9 km por uma trilha de pedregulhos, precipícios, enfim, algo interminável sob um sol escaldante, tudo isso para me banhar em uma cachoeira com água a 10 graus abaixo de zero. Nosso pandinha quase morreu, o Marcio ficou mais vermelho do que um tomate, o Rene perdeu a fala e eu até agora estou com o ciático fora do lugar. Enquanto isso, nosso comandante (Ortega) pôs uma maldita toalha na cabeça, se transformou em Moises e abandonou seus discípulos, por vezes nos esperava e dizia: “Caminhem pobres mortais, só assim conseguirão a salvação” e depois sumia. 
Ah! O leitor pode estar perguntando: E os ovelhas desgarradas? Já tinham partido pela manhã sorrateiramente.




















A noite tentando se recuperar fomos em busca de um bom vinho e uma pizza. Mas... no caminho, mal sabia Renezinho que estava prestes a ser vítima de um dos maiores golpes aplicados em Alto Paraíso. Do nada, salta em sua frente ninguém mais, ninguém menos que “Messias, o Salvador” nascido há dez mil anos atrás. Este hippie de estatura mediana, cabelos longos e embaraçados, sem ver água ou um pente neste século, emanava um odor digno de não passar despercebido. Dizia-se ser um ser enviado por forças celestiais e tinha como missão construir mandalas.

Adendo: Para quem não sabe, mandala é um emaranhado de arames enrolados que conforme você mexe muda de formato e tem como função salvar a humanidade.

A cada palavra de Messias, mais os olhinhos de Rene brilhavam. Quanto mais o salvador falava, Rene se sentia mais leve, mais humano, mais justo, mais leal, mais altruísta. Assim veia a frase derradeira, pela pequena bagatela de 100,00 Renezinho levaria aquela peça mágica para casa. Nada será como antes, uma vida nova estaria começando ali. As trombetas começaram a tocar em sua cabeça, luzes celestiais mostravam o caminho e sem relutar sacou uma nota de 100,00 e entregou para Messias, pegou sua bola de arame e saiu cantando. Todos nós olhávamos perplexo a cena. Ao nos afastarmos menos de uma quadra, o Salvador, juntamente com seus seguidores explodiram em gargalhadas, e começaram a rolar no chão. Depois de um tempo as palavras mágicas do Salvador começaram a sair da cabeça do Rene e ele começou a voltar ao normal, talvez nossas risadas ajudaram a cortar o efeito. Triste em seu canto, nosso amigo olhava sua mandala com uma mistura de amor e ódio. Enquanto isso Messias e sua equipe foi vista pela rua bebendo vinho, dançando e gritando: Hei... hei.. hei... Rene é nosso Rei... 





27/07 (segunda-feira): Como tudo neste mundo é finito, com nosso passeio não poderia ser diferente e começamos a retornar rumo as nossas origens. Pousamos na cidade de Aramina (SP) para um bom descanso e paz.
28/07 (terça-feira): Finda-se mais uma viagem do Sem Rumo após 2.850 km. Sete dias de sol e clima agradabilíssimo. Talvez foram as energias emanadas pelos cristais de Alto Paraíso, nunca se sabe.
Retornamos já planejando a próxima partida, pois são nas retinas dos olhos que carregamos nossas melhores fotos. Viajar é preciso...


GRANDE ABRAÇO AOS “SEM RUMO”.
PRESIDENTE AD PERPETUM INFINITUM VITALICIUM PARA SEMPRE PAPEL.

28/07/15

Veja o video de nosso aventura...!!! 

Temos também os videos engraçados...!!! (Só para lembrar dos momentos)